terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lisboa amanhã não será a mesma

 A minha turma vai a Lisboa, portanto, Lisboa nunca mais vai ser a mesma.

Aula de História:

 Professora: "E vamos almoçar nos Jardins da Gulbenkian..."
 O que eu oiço: "Pastéis de Nata!"
Professora: "E o museu de Arte Antiga..."
O que oiço: "Ah, ricos pastéis de Nataaa!"

Cinco minutos depois...

Professora: "Bárbara, qual é a resposta a pergunta?"
O que eu quase dizia: "Pastéis de Nataaaaa!".

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Momento de futilidade do dia

 Sempre usei o cabelo longo ou pouco abaixo dos ombros. Há um ano que quero corta-lo curto, por cima dos ombros, algo completamente diferente mas, graças à minha querida mãe, ainda não o fiz. Já há uns dias que ando a controlar-me para não pegar na tesoura e desatar à tesourada ao meu cabelo, assim obrigava a minha mãe a deixar-me corta-lo como quero.  De vez em quando passam-me assim uns flashes pela cabeça de como o faria. Ando a precisar de uma mudança radical. Eu já anda a avisar que de vez em quando dá-me uns acessos de loucura...

Em repeat, na minha cabeça

Para nunca reclamares que eu não escrevo sobre ti

 Melhores amigas tive várias mas, tu sempre foste aquela que permaceu com o passar do tempo. Foste a que estiveste sempre lá quando precisei. Já passamos por muito juntas, já nos chateamos a sério e a brincar, mas ultrapassamos tudo. Eu realmente nunca vou esquecer-te. Vamos ser velhinhas e passear pelas ruas de Nova Iorque, eu sei que sim. Se não for NY será outro sítio qualquer. Queria só dizer que és a melhor amiga de sempre, como tu, não existem mais. 
 Porque a malta fica de boca aberta quando digo uma frase em latim? É só decorar e pronto, além de que é a minha professora de Literatura que "traduz-me". Não sou assim tão inteligente, caramba! Quem me dera...

Pérolas da minha melhor amiga

"Os vernizes são como as mulheres, precisam de tratamento." by: Margarida Silva ou Guidinha para os amigos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Não podia deixar passar este dia sem escrever algo sobre ti.



   Não recordo-me muito bem do primeiro em que te vi, confesso. Mas lembro-me bem de ficar sentada em frente a um rapaz na aula de E.V.T., eu era tímida até aos ossos e fiquei assustada. E se a professora pedisse um trabalho de pares? Han? Já estava a ver o filme... Ia engasgar-me toda e só dizer palermices. Para melhorar as coisas, a minha auto-estima estava dos 0% para baixo e achava que era a maior  aberração à face da terra. Mas tu não sabias isso e não sei bem como um dia começamos a falar, a falar, a falar e a falar.   Não sei porquê, eras o único com quem conseguia falar sem ficar com as pernas a tremer como gelatina. Os anos foram passado, fomos conhecendo-nos. Sabes perfeitamente que tinhas o poder de mexer com o meu sistema nervoso, tiravas-me completamente do sério! Enervavas-me mesmo! E eu era a pessoa mais calma neste mundo, mas tu tinhas esse dom. Eu, não era tão santinha assim e gostava de picar-te também. Gostava de ver a tua cara de amuado, adorava o sabor a vitória. Achava-te um cromo, mas mesmo assim gostava de ti. Mesmo depois de fazer os trabalhos todos por ti. Sim e não venhas cá com histórias que é mentira! Safei-te as costas muitas vezes a E.V., a inglês e a A.P. Já sei que vais reclamar, mas é a verdade! Gostava de vingar-me de todas as vezes que riscavas os meus cadernos e escondias as minhas coisas, de todas as coisinhas que fazias para ver-me descontrolada. Sempre gostaste de testar os meus limites. Se fosses outra pessoa, hoje nem sequer falava contigo. Mas por alguma razão fomos mantendo a amizade. És das pessoas mais complicadas que eu conheço, és como um quebra-cabeças complicado que a minha curiosidade teima em descobrir  como funciona. Quando eu penso que já conheço-te bem, tu baralhas-me e volto à estaca zero. Com o tempo descobri muitos outros lados teus que não sabia que tinhas, gostei desses lados. Penso que és como eu, constróis um muro à tua volta e não deixas qualquer um passar. Tive o prazer de conhecer alguns dos teus melhores lados. Apesar de teres defeitos, que tens, aprendi a lidar com eles. És forte, aguentas imensa coisa, é pena que guardes tudo para ti, isso é mau, consome-nos por dentro. Infelizmente também sou assim. Não gostas de demonstrar o teu lado fraco. Ainda não sei se conheço bem as tuas fraquezas, mas tu conheces bem as minhas. És das pessoas que melhor conhece-me, apesar de eu esconder imensa coisa. Consegues entrar no meu mundo com uma facilidade incrível, poucos conseguem isso. És das pessoas com quem mais gosto de falar, desde aquelas longas conversas sobre a vida aos piores disparates.  Confio cegamente em ti, guardar segredos é uma das tuas especialidades. És, para além da G., a única pessoa com quem consigo falar abertamente sobre o meu pai. Consigo baixar as guardas e abrir-me. Gosto do teu lado, mais selvagem, chamemos-lhe assim, eu ao contrário de ti, sou uma medricas. Por vezes gostava de ser mais como tu, ter coragem para atirar-me. Sinto-me segura quando falo contigo. 
  E muitas coisas mais podia escrever sobre ti, como desses-te ontem, ficava meio mundo escrito. Nunca mais saia daqui. Posso não ser a melhor amiga de sempre, posso tirar-me do sério imensas vezes, posso ser complicada como tudo, mas de uma coisa podes ter a certeza, és um grande amigo para mim, a nossa amizade representa imenso para mim. E mesmo tendo defeitos, sou única, como eu, desconfio que nunca vais encontrar. Sabes perfeitamente que podes contar comigo para tudo. Foram sete anos bem passados, han? Sete anos desde que te conheci. Há memórias que nunca vou esquecer, vou guardar muita coisa no coração. Até mesmo as memórias dos dias em que fazias-me perder a cabeça! E fico-me por aqui, porque tu nunca gostaste de ler muito. Não é o melhor texto que escrivi até agora, mas hoje faz anos, uma das pessoas mais importantes da minha vida. Parabéns!

                                                                                                                 "A menina dos dois lados"
                                                        

Tempo

 Tempo é a minha palavra favorita, penso que não existe palavra mais bonita e que mais agrade-me pronunciar. Desde pequena que sou fascinada pelo tempo, não o tempo que faz lá fora, mas o outro. Lembro-me de quem em pequena queria ser arqueóloga, descobrir os restos do passado, conhecer a nossa história, a história do mundo. História e tempo, palavras fascinantes. Recordo-me de ser pequena e pedir à minha avó que quando fosse crescida, se podia ficar com o relógio velhinho de madeira que estava na parede da sala. Sentava-me numa cadeira em frente a admira-lo durante tempos infinitos (I´m crazy, I know!). Hoje, passo a vida a pedir relógios emprestados à minha mãe (que adora relógios como eu), tal como fiz com a minha avó, pedi-lhe para ficar um dos relógios dela. O mais antigo que ela tem, que lembro de a ver com ele desde sempre, bracelete preta fina, mostrador dourado com duas pedrinhas encarnadas. Dos relógios mais bonitos que vi até hoje. Sou uma louca que quer ficar com os relógios de todos. Não consigo viver sem relógios, ou endoideço, tenho que andar sempre com um relógio. Não sei de onde vem este meu fascínio pelo tempo, talvez um dia descubra... E este fascínio, desde sempre levou-me a acreditar naquele ditado, «O tempo cura tudo», e até hoje curou sempre. Tudo, à excepção de uma coisa. (Há sempre homens metidos ao barulho neste assunto.) A dor que finjo não sentir ou que por momentos esqueço ter, a dor causada pelo meu pai. Ontem lembrou-se que tinha uma filha. Passei cinco minutos a falar para as paredes porque a pessoa do outro lado do telefone, parecia um estranho. Mas ainda não perdi a esperança, que o tempo cura tudo. E pela história fora, descobri imensos casos com finais felizes e eu vou ter o meu. 

sábado, 19 de novembro de 2011

Poema em linha recta

      Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo. E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil, Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita, Indesculpavelmente sujo, Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho, Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo, Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas, Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante, Que tenho sofrido enxovalhos e calado, Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda; Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel, Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes, Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar, Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado Para fora da possibilidade do soco; Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas, Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo. Toda a gente que eu conheço e que fala comigo Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho, Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida... Quem me dera ouvir de alguém a voz humana Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia; Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia! Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam. Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil? Ó príncipes, meus irmãos, Arre, estou farto de semideuses! Onde é que há gente no mundo? Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra? Poderão as mulheres não os terem amado, Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca! E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído, Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear? Eu, que venho sido vil, literalmente vil, Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
      Álvaro de Campos

    Só porque não me sai da cabeça

     Nem a música, nem tu.

    sexta-feira, 18 de novembro de 2011

    Shot me in the head, now!

     Ouvi uma amiga a cantar Bieber. Ouvi a minha mãe, sportinguista ferrenha, a cantar o hino do Benfica. Mas isto anda tudo louco? Ou sou eu? Que não ando bem da cabeça?

    quinta-feira, 17 de novembro de 2011

    Este vídeo é vergonhoso! Foi feito pela Sábado e anda a correr a internet... Vejam. Gosto especialmente da parte que perguntam "Quem pintou a Mona Lisa?" ao qual respondem "Leonardo Dicaprio!". Ah! E pelos vistos o Bush ainda é p presidente dos E.U.A., o Manoel de Oliveira é escritor, o Eça não escreveu os Maias, etc. Não sei onde vamos parar... Ao menos sempre dá para rir um bocadinho e testar os meus conhecimentos.
     Grande parte das raparigas é obcecada com o Justin Bieber, eu tenho uma obsessão pelo Pessoa. E acho que estou a caminho de ganhar uma pelo Eça.

    quarta-feira, 16 de novembro de 2011

    Ficção

     Na minha cabeça há imensos guiões, muitos filmes podem sair daqui, nós somos sempre os protagonistas, tu e eu. Mas como acontece com imensos filmes geniais que não vêm logo a luz do dia, vou guardar tudo numa gaveta e quando for tempo disso, eu e tu, vamos passar à acção e vamos dar vida às personagens, aos guiões, aos filmes que passam na minha cabeça. E quem sabe se vamos ser tão brilhantes que até seremos premiados?

    O(s) lado(s) oculto(s)

      Não sou uma pessoa fácil, sou muito difícil até, quando digo isto estou a ser o mais honesta possível. A pessoa que escreve aqui no blog é apenas um parte de mim, uma pequena parte, o restante talvez nunca venham a conhecer. Ninguém aqui sabe o meu passado, sabem pouco do meu presente e nada sobre o meu futuro (a menos que adivinhem o futuro!). Talvez por ter um feito difícil como o caraças, poucas são as excepções que no inicio acharam-me altiva, arrogante, com ar de "o-mundo-gira-à-minha-volta-sou-mais-do-que-vocês". Confesso que não sou a pessoa mais amigável no principio, sou desconfiada e cautelosa, eu vou testar-vos antes         
    de confiar em vocês. Isto contribui para que perca a possível amizade de uma pessoa impecável imensas vezes, como outras deixo algumas pessoas invadir o meu mundo que deveras não mereciam a minha amizade. Até hoje apanhei muitas desilusões, muitos trambolhões, já decepcionaram-me muito (e acredito que também tenha decepcionado algumas pessoas). Eu cerro o meu mundo aos outros, estúpido medo! Há feridas que perduram no tempo...
      Hoje tropecei outra vez, olhei em volta e reflecti, ergui a cabeça e levantei-me. Há pessoas que a partir de hoje morreram para mim. Sim, é algo violento para se dizer, sentimento áspero e forte. Por vezes, actos simples, pequenos e insignificantes são a causa de um terramoto descomunal. Não venhas perguntar-me depois porque estou tão amarga contigo, não irei responder, morreste-me. E para não fugir ao assunto, o que queria mesmo escrever era que não concordo com "ser transparente como a água", ou melhor... What you see is what you get (e não tem nada que ver com isto, neste caso), são raras as pessoas que conheci até hoje que levam isto quase à letra. Todos nós tempos um lado escondido, eu tenho vários. É preciso saber desmontar-me. E digo mais, dá-me um certo gozo ser assim tão enigmática, nunca saberem tudo sobre mim. Imensas pessoas acabam por fartar-se de não conseguir descobrir como funciono e vão-se embora, outras, quanto mais escondo, mais paciência têm para descobrir-me. 
      E poderíamos ficar aqui a falar de mim eternamente, mas temos uma vida pela frente para descobrir o mundo, temos a eternidade à nossa frente. 


    terça-feira, 15 de novembro de 2011

    Sou viciada em ler, trabalhar já nem tanto

     Em cima da secretária estão Os Maias, Os Bichos, Os Novos Contos da Montanha e o Clepsidra (ainda mais uns quantos para ler em formado pdf). Para além dos livros, isto está uma confusão descomunal! Já não sei para onde virar-me, só papéis, guiões, notas, post-its, marcadores de livros, folhas cheias de anotações, blocos de folhas, livros de análise, livros sobre a história de Portugal (quando se sabe a época em que foi escrito, é meio caminho andado para um bom trabalho), etc. Se a faculdade for pior que isto, mintam-me! Pelo menos hoje. Estes 10 minutos de pausa estão a saber tão bem, hum...
     Ó Eça, nunca pensei que fosses dar-me tanto trabalho meu caro. Porque é que eu cismei em ler quase todas as tuas obras? Hum. Embora eu gosto muito de ti, daqui a pouco já nem consigo ler ou escrever. Mas é a vida, as coisas não aparecem feitas e fui eu que escolhi este caminho.

    domingo, 13 de novembro de 2011

    Há dias em que gosto de pensar que sou eu, mas não pelo lado negativo

    “A question that sometimes drives me hazy: am I or are the others crazy?” ― Albert Einstein

    Para o Rafa, esse grande amigo de longa data

     Só porque pediste-me, aqui vai, um post sobre ti Rafa. És um tipo porreiro porque fazes-me rir e... Ah! Tens o Buzz!  E era  só isto, "nem que seja só uma linha", foi o que pedis-te. :D
     Só porque pediste-me, aqui vai, um post sobre ti Rafa. E era  só isto, "nem que seja só uma linha", foi o que pedis-te. :D

    sábado, 12 de novembro de 2011

    Se eu fosse ...

     Se a minha vida fosse um filme eu seria a Mary Horowitz do filme All About Steve. Somos parecidas, à excepção do físico e aparência, é claro. Até a pancada por botas temos em comum, mas eu não uso sempre as mesmas. E sim, estou constantemente a irritar as pessoas porque estou constantemente a falar, se não houver assunto eu arranjo. Graças a isto, fiquei com a alcunha de Wikipédia no ciclo, sou o Google dos meus amigos.:)

    Para dias tristes como hoje

    sexta-feira, 11 de novembro de 2011

    O dia em que comecei a acreditar no amor

      Primeiro que admita que estou apaixonada por alguém é um dia de juízo, ando ali cheia de rodeios, até mesmo comigo própria. Isto porque passei uma vida (mesmo sendo curta) a acreditar que os sentimentos eram para os fracos e que conseguia controlar as minhas emoções, além de que pensava que amor era coisa da televisão e livros. Se havia coisa que fazia-me vómitos era filmes como o "Diário da Nossa Paixão" ou "The Notebook", if you prefer. Não achava piada nenhuma a manifestações de afectos, era uma pessoa muito fria diga-se. Achava que nunca na vida um rapaz/homem iria olhar para mim.Tinha a cabeça cheia de ideias pré-concebidas e preconceitos também. E falo nisto porquê? Hoje em conversa com uma colega, ela contava-me que não acreditava no amor e que os homens eram todos iguais e que um dia iria também deixar de acreditar. Compreendi perfeitamente o que estava a dizer-me, mas só que desta vez discordei. Olhei nos olhos e com todas as minhas forças disse "Olha, tu podes tentar-me convencer-me disso, mas aviso-te já que nunca vais conseguir, sou uma romântica. Um dia vais render-te ao amor, ou melhor, a alguém. Um dia vais perceber o que sinto.". Há uns anos atrás iria concordar, mas com o passar do tempo fui mudando. E sim, hoje sou uma romântica incurável lamechas q.b. O "Diário da Nossa Paixão" passou a ser um dos meus filmes favoritos, não pela sua grandeza, mas pela história, que diz-me muito. Além disso, apesar de não ter a pessoa mais dada a abraços e beijos, quando gosto verdadeiramente de alguém não me inibo de os dar! Os acontecimentos, as experiências, as pessoas fizeram-me mudar a minha maneira de ver o amor. Hoje, devoro livros com histórias de amor, sobre o amor e com amor. Estou-me nas tintas para os que querem fazer-me desacreditar do amor! Eu sei que talvez irei dar vários trambolhões, mas há que ter esperança, agora que passei a ser mais optimista não quero mudar. E sem dar conta, um dia dei por mim a chorar a ver um filme romântico em vez dos habituais "vómitos". E esse foi o dia em que comecei a acreditar no amor. 

    quinta-feira, 10 de novembro de 2011

    Rewind

     Perguntaste-me se tinha tarde livre, mas eu não tinha. Disseste-me que estavas encostada a minha casa, para sair o mais rápido possível, nem conseguia escrever uma mensagens graças aos nervos. Saí para fora como se fosse um furacão que arrasa um país inteiro. Ali estavas tu... As minhas palavras e a minha mente podem tentar negar que já não sinto nada por ti, mas o meu sorriso, o meu olhar, o meu coração não sabem mentir. Não me importei de acompanhar-te ao teu destino, precisava de falar contigo, desabafar. Senti-me tão bem, já tinha saudades de falar assim contigo, aqueles dez minutos souberam-me pela vida, acredita em mim. Parecia os bons velhos tempos, em que éramos só amigos e não sabíamos o que estava escrito pelo destino, estava tudo bem. Fazes-me bem, faz-me bem desabafar contigo, há poucas pessoas que percebem-me como tu. Já conheces o meu olhar, já sabes o que penso sem abrir a boca. E pronto, vim feliz da vida embora. Mesmo assim estava sem disposição nenhuma para aula de português, pela primeira vez na vida apeteceu-me faltar a uma aula de português. Apenas o meu corpo estava ali, a minha mente estava em modo rewind, pela primeira vez na vida, estive a borrifar-me para a minha professora de português. As minhas notas baixaram e a culpa é toda tua. :)

    quarta-feira, 9 de novembro de 2011

    O tempo corre

     Hoje ia pelos corredores do liceu com uma amiga, olhamos ao redor. Sentimos-nos velhas, acabadas e não estou a brincar. O liceu tinha um bando de putos a correr pelos corredores, cheios de energia e alegria, nós estávamos cheias de sono, só queríamos uma cama. Queríamos esquecer o monte de trabalhos que temos que fazer. Gostava de voltar a ser assim, alegre e enérgica, correr pelos corredores como uma louca. Hoje grito com os miúdos porque vêm contra mim, idiota. O tempo corre e não da-mos conta. Quando der por ela já acabei a faculdade. Enfim...

    Amor à camisola

    Pessoa: "Então e ganhas alguma coisa por andares na Cruz Vermelha?"
    Eu: "Como?"
    Pessoa: "Sim! Quanto dinheiro recebes?"
    Eu: "Ah? Andas-te a snifar farinha ou quê? Claro que não recebo nada!"
    Pessoa: "Oh, então não quero ser voluntária!"
    Eu: "Oh, espera! Recebo imenso até! Recebo os sorrisos das crianças*, recebo abraços e obrigados(as)! E saber que fiz alguém sorrir faz-me sentir a pessoa mais rica do mundo! É fantástico, não há dinheiro no mundo que pague isso!"
    Pessoa: "Oh, mas se não recebes nada não tem piada!". 

     Sim, eu tive esta conversa e ainda estou parva. E já não é primeira vez que me perguntam quando recebo. Há pessoas que parecem não ter coração. Se eu dou o meu tempo, é porque quero, porque quero ajudar. Ainda hoje, estava arrasada, cansada, já não me aguentava em pé porque passei mal a noite mas mesmo assim, arrastei o meu rabo até à nossa sede e fui dar explicações aos miúdos. No fim, apesar de estoirada, fiquei orgulhosa de mim porque os consegui ajudar. O meu trabalho estava feito, fui-me embora com o coração cheio de sorrisos. E isso já ninguém me tira, não há dinheiro que me pague. 

    Há dias em que gosto de acreditar no destino...

    segunda-feira, 7 de novembro de 2011

    Post para a minha Avó, essa grande Mulher

      A minha avó é provavelmente uma das pessoas mais fantásticas que eu conheci em toda a minha vida. Uma mulher com M grande. Eu podia estar aqui um dia a escrever o quão fantástica ela é, para mim isso nunca seria o suficiente. Estou apenas a escrever isto porque, mais uma vez, ela surpreendeu-me imenso e pela positiva. Contei-lhe o que ia-me na alma, contei-lhe a dor que estava a sentir, confessei-lhe um segredo que nunca pensei contar-lhe. E pensava eu que ia levar um sermão de meio dia quando afinal, afinal sorris-te. Sabem, aquele sorriso doce que só as avós sabem fazer porque a experiência da vida ensina muita coisa. Na pele estão marcadas várias histórias. Os olhos dela brilharam, pois é, avó, a sua netinha está a crescer. Então pela primeira vez, falamos sobre os homens abertamente, sem rodeios, naquela linguagem que só as mulheres entendem. Pela primeira vez na vida não ouvi um "Os homens são todos iguais! É ter cuidado, eles só querem-te mal!". Pela primeira vez na vida ouvis-te a minha história, um amor inocente de Verão, e sorris-te. Ouvis-te tudo, consegui-te provar que nem todos os homens são iguais. E nunca mais vou-me esquecer do que disses-te "Tens aí um grande amigo, para a vida, nunca o percas". Lembrei-me que conhecias a avó dele, era uma grande amiga tua. Terra pequena a nossa. Também não vou-me esquecer de muitas outras coisas que me disseste como que fomos maduros e escolhes o caminho certo a seguir e que a vida tem muitas surpresas. Para não ficar tristes que muita coisa pode acontecer, mas que um amigo para a vida tinha ali. Disses-te para ser corajosa, disseste-me para nunca desistir dos meus sonhos e lutar pelo que quero. E eu prometi-te que um dia (ou melhor, vários dias) ela ira ver-me realiza-los. O mais importante de todos está para breve, ainda vais ter mais orgulho em mim, eu prometo. E não, nunca vou-me esquecer de ti ou da nossa família. 

    domingo, 6 de novembro de 2011

    Na minha cabeça

     Eu e tu fugimos de casa numa noite qualquer. Apanhamos um comboio ou um avião para onde nos apetecer, viajamos pelo mundo, conhecemos lugares e pessoas, vivemos novas experiências, aprendemos novas culturas e relacionamos-nos com novas gentes. Eu ganho dinheiro de contos e poemas avulso, tu cantas na rua. Eu vou a todas as bibliotecas que conseguir, tu conheces os recantos dos teatros. Um dia acabavas na terra dos sonhos, uma estrela de cinema. E eu na cidade que nunca dorme, finalmente conseguia escrever algo de jeito. Mas, isto é só na minha cabeça. Não passamos de duas miúdas que vivem num sítio tão pequeno que é raro encontrar-se no mapa. 

    sexta-feira, 4 de novembro de 2011

    Com amor...

    Aprendi com a vida

     Os amigos estão onde menos esperamos, são quem menos esperamos. Não se deve dizer nunca, meus caros. Hoje dou por mim a chamar amiga a uma rapariga que eu não podia ver a frente, não a suportava mesmo! Um dia na hora de almoço, como tínhamos amigas em comum ela veio almoçar connosco. Fiquei a saber que ela não tem uma vida fácil e temos mais em comum do que pensávamos. Quando o assunto são homens e amor, as mulheres unem-se. E daí nasceu uma amizade improvável que tem sido uma das minhas bases.

    Post deprimente e idiota

     Deus, se tu existes mesmo, desculpa lá algumas coisas que eu fiz esta semana. Mas a culpa não é minha! Estou rodeada de idiotas, não os criasses!

    "(You want to) Make a memory"

     Posso não ser a mais bonita, a mais inteligente, a mais cómica, a mais divertida, posso não ser perfeita, posso não ser do mesmo clube que tu (acho que vais tentar fazer-me converter até morrer mas não vais conseguir, posso não ter sido a melhor namorado do mundo. Mas porra! Melhor amiga que eu não vais encontrar! Amei-te mais do que ninguém (e ainda há sentimento), amei-te até doer-me o coração, a alma. Nunca deixei alguém entrar no meu mundo por completo, mas tu conseguiste. Mas de uma vez por todas vou tentar arrumar este assunto na minha cabeça, que isto de amar alguém cansa. Uma pessoa não tem forças para lutar todos os dias. E sabes que mais? Uma amizade como a nossa poucos a têm e isso dá-me forças para acordar todos os dias.
    "Nem um cometa nos conseguia separar!", vou fazer questão de lembrar-te isto a tua vida toda. Porque sim, sou uma totó que acredita em amizades até sermos velhinhos.

    Banda sonora de Verão

     Embora adore o Outono, hoje apetecia-me era recuar ao Verão. Pôr-do-sol, a praia deserta, só apenas nós os dois e a música. A tua voz que parecia uma vaca constipada a cantar, passou a soar como anjos.E eu acompanhei.
     Embora adore o Outono, hoje apetecia-me era recuar ao Verão. Pôr-do-sol, a praia deserta, só apenas nós os dois e a música. A tua voz que parecia uma vaca constipada a cantar, passou a soar como anjos.E eu acompanhei.

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    Stupid Things

     Como é que eu e os meus amigos formamos equipas para jogar Singstar? Através dos signos! Estúpido, han? Isto tudo começou porque o meu melhor amigo e a minha melhor amiga têm o mesmo signo e adoram gritar aos sete ventos que o signo deles é o melhor. Instaurou-se uma guerra cá em casa, capricórnios versus escorpiões (para que conste o meu é o melhor). Eu como não gosto de perder nem a feijões e sou orgulhosa, fiquei com um amigo do meu signo para provar que também somos bons. Conclusão? Uma autêntica risota pegada! Querem fazer coisas idiotas? Falem com o meu grupo, somos doutorados nisso!

    Já não recordava-me disto....

     O sentimento de estar sozinha no meio de uma multidão. Tantas pessoas... São apenas conhecidos, meros colegas, não há ali amigos. Na realidade, apenas um. Ninguém ali conhece-me verdadeiramente, falam de mim como se conhecessem-me à muito, mas na realidade não sabem nada sobre mim. Detesto que falem nas minhas costas e que na frente façam-se passar por grande amigos. Falsidades! Ali, estou sozinha. Se pudessem esfolavam-se todos uns aos outros. Mal posso esperar por fugir daquele lugar...

    When we kiss, fire!

    terça-feira, 1 de novembro de 2011

     Desculpa se algumas vezes sou demasiado bruta com as palavras. Não tinha intenção de magoar-te. Mas soube tão bem estar junto a ti.

    GOD!

     Mas que noite! Era suposto vermos um filme de terror... Sim, suposto porque a meio do filme já ninguém estava atento, estava tudo na galhofa. O Singstar vai passar a ser obrigatório nas maratonas de jogos entre amigos, acho que nunca fiz figuras tão tristes. Eu a a minha melhor amiga a imitar os ABBA, ao nosso melhor estilo! Com direito a coreografia e tudo! Correu melhor do que estava a espera, ainda bem.