domingo, 29 de abril de 2012

Músicas "estou tão pedrado(a) que já danço tudo!"

Se eu fosse... (deveria estar a estudar, mas eu adoro perder tempo com as estas coisas)

Desafio descaradamente roubado do blog da A. 


Se eu fosse um mês seria... Outubro.
Se eu fosse um dia da semana seria... Segunda-feira.
Se eu fosse um número seria... 18
Se eu fosse uma flor seria... Rosa.
Se eu fosse uma direcção seria... Oeste, a oeste da minha casa fica o mar...
Se eu fosse um móvel seria... Secretária.
Se eu fosse um líquido seria... Coca-cola
Se eu fosse um pecado seria... Gula!
Se eu fosse um metal seria... Prata
Se eu fosse uma árvore seria... Japoneira
Se eu fosse uma fruta seria... Maracujá
Se eu fosse um clima seria... Continental
Se eu fosse um instrumento musical seria... Cravo
Se eu fosse um elemento seria... Terra
Se eu fosse uma cor seria... Castanho
Se eu fosse um animal seria... Coruja
Se eu fosse um som seria... Folhear de um livro.
Se eu fosse uma canção seria...  Mika - Grace Kelly
Se eu fosse um perfume seria... Coco mademoiselle da Chanel
Se eu fosse um sentimento seria... Melancolia.
Se eu fosse um livro seria...Os Maias.
Se eu fosse uma comida seria...Lasanha!
Se eu fosse um cheiro seria... Cheiro a floresta.
Se eu fosse um verbo seria... Sonhar.
Se eu fosse um objecto seria... Caneta.
Se eu fosse uma peça de roupa seria...Vestido!
Se eu fosse uma parte do corpo seria... Mãos.
Se eu fosse uma expressão seria... "O que é teu, às tuas mãos vem parar".
Se eu fosse um desenho animado seria... Mulan
Se eu fosse um filme seria... Pearl Harbor
Se eu fosse uma forma seria... Um smile.
Se eu fosse uma estação seria... Outono ou Inverno.

Vá, agora vou estudar mesmo.

sábado, 28 de abril de 2012

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A mente louca dos grandes líderes mundiais

Wook it. Estou a ler isto e estou cada vez mais fascinada por este mundo, é de longe um dos melhores e mais interessantes livros que li até hoje! 

Multipolar

 Eu sou eu e não mudo por nada. Ou melhor, mudo ao longo da vida, porque as experiências a isso levam, mudo para melhor porque vou crescendo (E espero que nunca mude para pior). Não mudo porque pedem-me ou porque assim gostariam mais de mim. Tenho vários lados, consigo ser várias pessoas ao mesmo tempo, sou multipolar talvez (ironia, han?)! Quem sabe? Não quer dizer que seja falsa e desonesta com alguém! Quer dizer que tenho várias lados, é só isso, ok? Precisas de muito mais para eu mostrar-te tudo o resto... 

Eugénio

Nada 


nem o branco fogo do trigo 
nem as agulhas cravadas na pupila dos pássaros 
te dirão a palavra 



Não interrogues não perguntes 
entre a razão e a turbulência da neve 
não há diferença 



Não colecciones dejectos o teu destino és tu 



Despe-te 
não há outro caminho 



Eugénio de Andrade, in "Véspera da Água"



Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, 



e o que nos ficou não chega 

para afastar o frio de quatro paredes. 

Gastámos tudo menos o silêncio. 

Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, 

gastámos as mão à força de as apertarmos, 

gastámos o relógio e as pedras das esquinas 

em esperas inúteis.


Meto as mãos nas algibeiras 


e não encontro nada. 

Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro! 

Era como se todas as coisas fossem minhas: 

quanto mais te dava mais tinha para te dar.


Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! 

e eu acreditava. 

Acreditava, 

porque ao teu lado 

todas as coisas eram possíveis. 

Mas isso era no tempo dos segredos, 

no tempo em que o teu corpo era um aquário, 

no tempo em que os meus olhos 

eram peixes verdes. 

Hoje são apenas os meus olhos. 

É pouco, mas é verdade, 

uns olhos como todos os outros.


Já gastámos as palavras. 

Quando agora digo: meu amor..., 

já se não passa absolutamente nada. 

E no entanto, antes das palavras gastas, 

tenho a certeza 

de que todas as coisas estremeciam 

só de murmurar o teu nome 

no silêncio do meu coração. 

Não temos já nada para dar. 

Dentro de ti 

não há nada que me peça água. 

O passado é inútil como um trapo. 

E já te disse: as palavras estão gastas.

                Adeus. 
                     
Eugénio de Andrade




Nada 

nem o branco fogo do trigo 
nem as agulhas cravadas na pupila dos pássaros 
te dirão a palavra 

Não interrogues não perguntes 
entre a razão e a turbulência da neve 
não há diferença 

Não colecciones dejectos o teu destino és tu 

Despe-te 
não há outro caminho 

Eugénio de Andrade, in "Véspera da Água"



Adeus
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor, 


e o que nos ficou não chega 
para afastar o frio de quatro paredes. 
Gastámos tudo menos o silêncio. 
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas, 
gastámos as mão à força de as apertarmos, 
gastámos o relógio e as pedras das esquinas 
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras 
e não encontro nada. 
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro! 
Era como se todas as coisas fossem minhas: 
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes! 
e eu acreditava. 
Acreditava, 
porque ao teu lado 
todas as coisas eram possíveis. 
Mas isso era no tempo dos segredos, 
no tempo em que o teu corpo era um aquário, 
no tempo em que os meus olhos 
eram peixes verdes. 
Hoje são apenas os meus olhos. 
É pouco, mas é verdade, 
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras. 
Quando agora digo: meu amor..., 
já se não passa absolutamente nada. 
E no entanto, antes das palavras gastas, 
tenho a certeza 
de que todas as coisas estremeciam 
só de murmurar o teu nome 
no silêncio do meu coração. 
Não temos já nada para dar. 
Dentro de ti 
não há nada que me peça água. 
O passado é inútil como um trapo. 
E já te disse: as palavras estão gastas.

                Adeus. 
                     
Eugénio de Andrade